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26 de junho de 2019

– Quanto vale a pesquisa em telecomunicações?

Inovações revolucionarias, como o transistor, os raios laser e as centrais telefônicas digitais, são fruto desse tipo de investimento

Não há país desenvolvido sem pesquisa tecnológica. E o melhor exemplo dessa atividade estratégica essencial para o desenvolvimento das nações tem sido a busca permanente por inovação, em especial no mundo das telecomunicações e das tecnologias digitais em geral. Um dos casos concretos que melhor ilustram a importância da pesquisa no mundo contemporâneo é o dos laboratórios da antiga AT&T – conhecidos simplesmente por Bell Labs.

Nesses laboratórios localizados em Murray Hill, Nova Jersey ,nasceram inovações revolucionarias, como o transistor, a radioastronomia, os raios laser, a célula fotovoltaica, as centrais telefônicas digitais, a teoria da informação, o sistema operacional Unix e linguagens de programação como C, C++ e S. Não é sem razão que de seus quadros de pesquisadores saíram nove ganhadores do Premio Nobel de Física.

Hoje, entretanto, os Bell Labs pertencem à finlandesa Nokia. Alem desse exemplo, podemos citar instituições similares de grande prestigio, como, na França, o Centro Nacional de Estudos de Telecomunicações (CNET). E, no Japão, os laboratórios de pesquisa de telecomunicação da NTT (ex–Nippon Telephone & Telegraph).Ou ainda no Reino Unido: o Laboratório de Pesquisa da British Telecom.

Pesquisa no Brasil – CPqD

Nessa área de pesquisa de ponta, o Brasil tem uma instituição da qual o País pode se orgulhar: é o CPqD,sigla do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento,criado há 42 anos pela antiga Telebrás,que é hoje o maior centro de pesquisas e desenvolvimento da America Latina.

Outras instituições brasileiras contribuíram e contribuem para o desenvolvimento cientifico e tecnológico do país, como a USP, a Unicamp, o ITA, a Embraer e tantas outras.

Situado em Campinas, o CPqD nasceu em 1976 para que fosse uma fabrica de tecnologia mas de tecnologia nacional.Logo após a privatização da Telebrás em 1998,o CPqD se transformou em fundação,com o nome de Fundação CPqD–Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações.

Algumas contribuições nacionais

Ainda nos anos 1970 e 80, o CPqD criou a primeira fibra óptica nacional,as centrais digitais Tropico,os sistemas de transmissão digital e os sistemas de comunicação via satélite,entre muitas outras contribuições inovadoras.

Atualmente esse centro desenvolve grande numero de projetos de pesquisa, que abrangem áreas tão diversificadas quanto internet das coisas, cidades inteligentes, machine learning, inteligência artificial, computação em nuvem e outros voltados para o grande salto denominado quarta revolução industrial.

As soluções criadas pelo CPqD cobrem as áreas de tecnologias da comunicação e da informação (TICs)que se aplicam a setores como telefonia,comunicações digitais em geral,inovações de multimídia,as chamadas utilities,administração publica,defesa e segurança.